Acordou quando o carro velho rasgou o asfalto. E todo dia,
naquele horário era o mesmo sono. A cadeira de balanço era a única companhia e
os filhos já haviam se recolhido às respectivas casas. O corpo cansado era reflexo de tantos anos de
viver, para muitos “mal viver” (ninguém dura tanto por algo que não valha a
pena). E as histórias, tão valorizadas pelos netos, giravam sempre em torno de
malandragem, mulheres, ensinamentos e costumes. No fim tudo acabava em cú ...
ora píula! Algumas sacudidas no trono de balanço e pronto. Olhos fechados e o
sono de quem vai se cansando de viver.
Cansando ou entristecido por não poder provar mais de algumas coisas
especiais da vida?
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